Se ser mãe é padecer no paraíso, ser avó é padecer no paraíso sem ter que levantar no meio da noite por causa do choro estridente da crainça, sem ter que ficar trocando fralda de hora em hora e, claro, sem ter que carregar um barrigão enorme por nove meses até sofrer as dores do parto.
Foi-se o tempo em que as avós enrolavam os cabelos brancos em coques, sentavam-se nas cadeiras de balanço para tricotar ou contar histórias aos netinhos. Hoje elas namoram, malham, fazem análise, e são até madrinhas de escola de samba. Curtem os netos, sim, mas também cuidam muito bem do corpo e da cabeça. Aos 47 anos, me tornei avó de Manuela. Uma pequena pestinha, cheia de personalidade, que me faz de boba o tempo todo. Eu, mulher independente, dona do próprio nariz e cheia de si, me curvo diante desse ser miúdo e tão cativante. Me dobro a esse laço de amor e continuidade da vida. Revejo, todos os conceitos, sobre como criar e educar. Hoje só estrago. Tenho prazer em vê-la fazenda arte e desafiando a paciência dos adultos. Acho que minha avó tinha razão quando dizia: Avó é mãe com açucar.
Te amo Manu.
domingo, 1 de julho de 2007
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