terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MINHA ORAÇÃO PARA VOCE

Menino, que merda foi essa que voce fez? Por que? Por que? Quer dizer então, que fomos amigos pela metade? Amizade de verdade tem que ter cumplicidade. Tem que ter olho no olho. Sentimento. Troca. Troca de confidências. De desabafos. Amores à parte. Esses não trocamos. Eu poderia ter sido sua cúmplice, cara!
Quem é você que, se dizia meu amigo e, eu não sabia das suas angústias. De compartilhar emoções perdidas. Conquistas. Derrotas.
Quer saber? Tenho preguiça profunda de gente que não se dá. De gente “pé atrás”. De gente que é amigo nas horas vagas. Não, baby, eu quero full time. Eu quero amigos que são todo ouvidos. Conselhos. Palavrão. Choro. Riso. Noite. Champagne. Vinho barato. Festas. Tropeços na calçada. Convites para o Evento do ano. Mico do ano. Chocolate no cinema. Fila de cinema. Shopping no meio da tarde. Preguiça no sábado de manhã. Assunto que não acaba mais. Cara, voce não se deu. Preferiu a saída pela direita. Olha aqui Ri, “tô muito puta com você”. Você não tinha o direito de fazer isso com a gente. Agora, estou aqui com cara de babaca, chorando e rezando por voce. Palhação!

"Sabemos, Senhor, meu Deus, o destino reservado àqueles que violam vossa leis ao encurtar voluntariamente seus dias; mas sabemos também que vossa misericórdia é infinita: dignai-vos estende-la sobre alma de ... Possam nossas preces e vossa piedade suavizar a amargura dos sofrimentos que suporta por não ter tido coragem de esperar o fim.
Bons Espiritos, cuja a missão é ajudar aos infelizes, tomai-o sob vossa proteção, inspirai-lhe o arrependimento por sua falta, e que vossa assistência lhe da a força para suportar com mais resignação as novas provas que terá que passar para repará-la. Afastai dele os maus Espíritos que poderiam levá-lo novamente para o mal, e prolongar seus sofrimentos fazendo-o perder o fruto de suas futuras provas.
Vós, cuja infelicidade é motivo das nossas preces, que possa nossa compaixão suavizar a amargura, e fazer nascer em vós a esperança de um futuro melhor! Esse futuro está em vossas mãos; confiai-vos à bondade de Deus, cujos braços sempre estão abertos a todos os arrependimentos e só permanecem fechados aos corações endurecidos."

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ei ....

Você sabe cozinhar? Assim, nem que seja um arroz? Sabe tocar violão? Pode ser uma música só. Qual outro idioma você entende? É que vou querer viajar com você. E na cama? E em cima da mesa, dentro do carro, no tapete da sala, na escada, no banheiro do restaurante e na sauna? Você topa ou dá a ideia? Você é grudento ou é desligado demais? Um pouco dos dois eu tô dentro. É do tipo que gosta de ler muito, ouvir uma boa música e ver filmes de todos os tipos? Isso é o mínimo. Se importa com seu pulmão, seu fígado e seus ossos? Os músculos pra mim são o de menos. E o aquecimento global, a preservação das espécies e papelzinho de bala na lixeira? Isso preocupa você também? Os domingos em família, os animais de estimação, as crianças e os amigos fazem você feliz que nem nos folhetos de construtora, só que de verdade? As pessoas acham você engraçado e otimista? Em um dia péssimo eu posso precisar da sua companhia. Viu a loira gostosa que passou aí atrás agora? Pode olhar, eu também achei ela bonita. Você é prestativo, gosta de trabalhar e sabe tratar bem uma mulher? É isso que minha mãe sempre me aconselhou a buscar. Gosta de futebol? Se não for bugrino, fica mais fácil conquistar minha familia. É comunicativo, simpático e capaz de acompanhar uma conversa com meus amigos? Tenho uma lista de pessoas interessantes pra apresentar. É ético, fiel e sincero? Isso não é pedir muito. E depois da briga? Você pede desculpas, muda de assunto e me leva pra cama? É isso aí, garoto. Tem TOCs suportáveis, gostos estranhos e hobbies secretos? Mundo pequeno, não? Consegue usar a elegância e ser sem frescuras nas horas certas? Só não torne isso mecânico. Topa uma corrida na chuva, comer pizza na roda gigante e me usar como modelo para um quadro seu? Quando? Agora? Usa um perfume bom, entende pelo menos um pouco de vinhos e escolhe cada vez um prato diferente? Me busque às nove. Casamento, filhos e planos para você ainda são palavras distantes? Idem. Se eu estou com pressa para te encontrar? Nem um pouco. São só algumas perguntas. Ou melhor, 30. Exigente, eu? Tá, agora são 31.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Saudades é assim ...

"Saudades! Sim... talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte. Que bom pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes, Amor, já te esqueci, para mais doidamente me lembrar, mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar mais saudade andasse presa a mim!"
Florbela Espanca.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ACORDES

As palavras tem peso próprio
Ora música de opulentos acordes
Ora lã que desfia no ar
As palavras são como os homens
Nunca passam desapercebidos
Na roda que gira o meio de tudo
Não alcanço as palavras
Mas elas me atingem em cheio
As palavras perseguem
Oprimem, dilatam
Mas é a palavra, rainha das dores
Que reconstitui, recompõe
Sílabas severas
Que antes destruíam
É nada, é tudo
A palavra, caleidoscópio do mundo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

A FUGA

‘Você está correndo para algo que você quer ou está fugindo de algo que você tem medo de querer? A maioria das pessoas acha que isso não muda nada e não percebe que, na verdade, muda tudo.’

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

MÁSCARAS

Quanto perdemos tentamos controlar o que vamos viver? Quanto tempo deixamos de realizar por estarmos sempre planejando o futuro? E a propósito, que futuro é esse que nunca chega, se hoje é futuro e amanhã não será mais? ... Mas que mania de querer controlar tudo. É incrível o quanto dependemos dos amigos, dos amores, da comida, dos vícios... na ilusão de preenchermos esse vazio que ecoa dentro de quase todos nós. A incessível tentativa de racionalizar tudo, nos faz esquecer de olhar pra dentro. Quem é que fala com aquela pobre coitada chamada alma e que, por acaso, mora dentro da gente? Sinto que a fome da alma é enganada pelos doces comidos compulsivamente, pela idealização doentia daquele amor impossível, pela tapioca e pelo trago do cigarro. Até quando viver assim?
Descobrir que se tem medo da própria alma é algo assustador, descobrir que ali moram deuses e diabos juntos, é mais ainda. Aceitar, manifestar, aprender a amar tudo isso é tarefa pra vida inteira, mas é fascinante e, a solução pra todos os nossos problemas.
A divindade está na totalidade; naquilo que ,é e não naquilo que finge ser.
Deixe as máscaras para um baile de Carnaval...

sábado, 27 de novembro de 2010

AS MARRETADAS

Então Deus, cansado dos meus pecados, resolveu punir-me: enviou uma obra na casa ao lado. Faz alguns dias que salto da cama, apavorada, sob a orquestra de marretadas, crente que é a célula campineira da Al Qaeda que acaba de entrar em atividade. Deus, ao que parece, mandou eles trocarem o piso e as paredes da casa. Inteirinha.

Os marreteiros do Senhor não brincam em serviço, foram treinados nos porões (ou sótãos) da ditadura – de todas as ditaduras. Derrubaram paredes em Sodoma e Gomorra, prestaram serviços no muro de Berlim, foram agentes duplos da CIA e da KGB. São hábeis em fazer a quebradeira da pior maneira possível: sem ritmo. Tum, tum, tum…., eles batem, você espera que a próxima nota seja tum, mas vem então uma pausa e… Tuntum. Tum-Tum, Tum-Tum – você vai se acostumando e… Tum-tá-tum!

O ser humano é capaz de suportar qualquer coisa, desde que faça sentido e, não há sentido mais antigo, impresso nas primeiras folhas do livro de nossa memória, do que o ritmo. Ritmo do coração de nossas mães, quando ainda boiávamos em líquido amniótico; ritmo que reaparece nas músicas de ninar, logo depois, insinuando que nem tudo está perdido, ritmo que buscamos nas rimas e na poesia, ritmo que ouvimos por trás do boa noite do William Bonner, ritmo que nos alegra só por aparecer sete vezes no mesmo parágrafo, pois se tudo se repete, por que a vida também não?

Onde há sentido, há salvação. Mas com os marreteiros de Javé não há salvação. Não há padrão. É o código Morse do Demônio, o caos, e se o ritmo nos assegura o sentido da vida e a repetição funciona como uma retórica da ressurreição, a falta de ritmo semeia o desespero, a loucura, a morte.

O sono do finalzinho da noite, é bom justamente por causa do silêncio. Às seis da manhã, a Tim não me liga para oferecer planos, a Mastercard não me avisa que minha conta está “há 6 dias em aberto, senhora”, as pamonhas de Piracicaba dormem tranqüilas em alguma garagem da cidade. Isso tudo, até a semana passada, pois agora as marretas ressoam dentro e fora da minha cabeça, eu sou um zumbi e os sons estão todos espalhados pelo mundo.

É um mundo injusto. É proibido ouvir a Cavalgada das Valquírias ou Sheena is a punk rocker depois das dez da noite, mas nada impede que o vizinho do lado, destrua sua casa a marretadas a partir das seis da manhã. Não há o que fazer. Só me resta sofrer nesse brejo da cruz, enquanto o coaxar dos martelos-sapo me castiga pelos 39 anos que vivi em pecado. Perdão, Senhor!


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

EU TE DEVOLVO

Pode tirar esse devaneio (ou seria preocupação?) da sua cabeça. Não é por você que eu estou apaixonada. E sim pela idéia de que isso, ainda, pode acontecer comigo de novo.

Preciso de um rosto pra preencher a falta de uma paixão, pra pensar antes de dormir, pra dar expressão ao homem que aparece em meus sonhos. Preciso de alguém para ocupar minha cabeça e fazer o tempo passar mais rápido enquanto estiver no trânsito. Quero imaginar que é você toda vez que um carro buzinar, o celular tocar ou um email chegar.
Preciso exercitar o ficar junto.

Mas não se assuste, nem tampouco fique cheio de si, se eu disser que vou sentir saudade, se me pegar olhando para você e sorrindo. São palavras e gestos tão verdadeiros quanto efêmeros. Mas, não é isso que você quer?

Não, não faça assim. Não me trate cheio de dedos, com receio de que algum gesto seu desperte em mim um amor incondicional. É que mesmo sem estar apaixonada, quero inflar de paixão tudo que faço. Você só calhou de ser uma das peças do quebra-cabeça.

Empresta você um pouco? Prometo. Assim que me apaixonar por alguém, te devolvo.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

CANSEI DE SER POLITICAMENTE CORRETA

Cansei ... Basta !
Cansei de ir ao supermercado e encontra-lo cheio. Cansei dos bares lotados nos finais de semana. Se sobra algum din din, o mundo todo vai para a noite. Cansei de, em qualquer lugar, ver um desfile de celulares. Cansei dos estacionamentos sem vagas
Vaga para idoso, semi idoso, quase idoso, gestante, vaga para quem pretende engravidar, vaga exclusiva para polícia, ambulância, bombeiro, carrinho de pipoca e, aquele que coloca um cone na rua prevendo que ,um dia, vai estacionar no local. Cansei da moda banalizada. Nêgo compra no camelô da 25 de Março e do Braz e, se acha!!!!

Cansei, cansei, cansei ...

Cansei dessa coisa de biodiesel, de agricultura familiar. O caseiro do sítio, de um amigo, agora virou "empreendedor" no Nordeste. Pode?

Cansei dessa coisa assistencialista de Bolsa Família, com comprovação de que os filhos frequentam às aulas, onde já se viu? Depois tem que se inventar,um tal de, PROUNI para poder colocar um bando de crianças, mal alfabetizadas, na faculdade. Eu agüento isso!
Cansei das redes sociais. Daquelas que você não pode emitir sua real opinião. Esse negocio de só apertar o botão curtir é um saco!
Cansei de não poder chamar, um amigo querido (negro como um fumo) de negão. Quando o chamo de Afro-descendente ele chora, de tanto rir. Cansei de bichinha chata e escrotinha (dando piti e querendo ser mais mulher que eu) sem poder mandá-la para o inferno, correndo o risco de ser acusada de homofobica.
Cansei de não poder dizer, com todas as letras, que não curto os evangélicos (eles são muito chatos) sem temer ser excomungada. CANSEI...
Sim, sou favorável ao aborto, palmada em criança, a pena de morte, sou fumante, gosto de um bom terreiro e vou votar no Serra.
Cansei.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

EU E MINHA LUA EM CAPRICÓRNIO

Esta é uma das posições mais dificeis para lidar com a sua vida emocional e sentimental. Uma Lua em Capricórnio predispõe a sensações de carência emocional e ao sentimento de que, em alguma fase da vida, a pessoa esteve indefesa e desprotegida. Assim, desde muito cedo foram criados sistemas de defesa e tornou-se forçoso um crescimento prematuro. Na maior parte dos casos, estas pessoas tiveram que assumir responsabilidades precocemente. Pelas circunstâncias e pelo hábito, criaram muralhas á sua volta e um certo defasamento entre a vida intima e pessoa e a vida exterior. Mas ao mesmo tempo são pessoas sensiveis, apercebem-se facilmente do conflito existente com o mundo exterior. Assim, existem casos que vão desde a rejeição de uma vida intíma com os outros a uma necessidade de sobre compensação social em busca de valor e mérito que, de alguma forma, possa fazer com que sobressaiam aos olhos das outras pessoas.

O prestigio e a admiração podem ser importantes, mas, muitas vezes, encobrem a falta de auto-suficiencia. As seguranças emocionais são preenchidas em regra pelo grau de responsabilidade que se assume perante a vida. contudo, à medida que o tempo passa, torna-se importante saber desfazer-se dos velhos padrões de comportamento, de modo a poder vivenciar um pouco a criança que está adormecida no seu interior. Aprender a lidar com as emoções é uma necessidade que só é resolvida pela renuncia pessoal e pela capacidade de saber fluir perante as situações. No entanto, para isso, necessita superar o auto controle e as constantes defesas emocionais.
Resumo ... ai!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

CORAÇÃO INQUIETO

O universo sabe, o universo sente, me entende, me compreende, o universo me vê. Ele cuida de mim e me ama assim!

sábado, 8 de maio de 2010

Férias do Gato III

Sabores: Feijão de corda, feijão verde, Umbu, Cajá, Tamarindo, Graviola, Mangaba, Pitomba, Charque, amendoin cozido, Dendê, Guaiamum, lagosta, caranguejo azul, camarão, carne de sol, galinhada ....

Lugares: Mirante do Gunga, praia do Gunga, Barra de São Miguel, Massaguerinha, Jequia da Praia (se o paraíso existe .. é nesse lugar) , Pontal, Francês, Jaraguá, Pajuçara, Jatiúca, Ponta Verde, Sobral, Guaxuma, Paripueira, Garça Torta , Jacarecica, Pratagi, Ipioca , Palmeira dos Indíos, Pai Zé (região de Quilombolas) Poço da Onça, Frei Damião, ...

Amanhã irei , com amigos, para o alto mar !!!!!!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

FÉRIAS DO GATO II - OUTROS ARES

Sol escaldante, mar verdinho, pensamentos soltos...
Hoje, fui com Claudinha, que é professora da UNEAL - Universidade voltada as questões do sertão ( a 230Km de Maceió), sentir outros ares. Fui, literalmente, ver de perto o sertão. Terras de domínios políticos, pobreza e sol escaldante. Senti na pele a mudança de ares.
Indo em direção a Palmeira dos Índios, -se a Serra da Borborema terra de Graciliano Ramos - tem um monumento chinfrim, em homenagem a ele (tadinho merecia mais). Um pouquinho mais a frente, terra de Frei Damião. Fiquei impressionada com Poço da Onça, região do cangaço, terra do matador Corisco ( o mais perverso dos cangaceiros), terra de uma beleza rude, que só cabra macho tolera.
Cheiro de terra seca, plantações de Palmas, visões de cactos, pedras enormes, gado pastando ...
Passamos por Piranhas ... céu, sol e muita estrada. Finalmente chegamos a Santana de Ipanema ...
Vamos ver o que, amanhã, o nordeste me reserva.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

FÉRIAS PARA O GATO ...

Nada como a imagem do Garfield para representar o ócio, o sossego, o "dolce far niente..." Pois deixo as plantas aqui, antes de arrumar as malas e partir em férias. Penso em publicar alguma coisa pelo caminho. Mas quero dias de silencio, muito silencio, para combinar com a preguiça que já está se instalando em minha mente atribulada, "aquela" obrigação de pensar, planejar e administrar o tempo. Quero viver como um gato, abolir o relógio, dormir como Garfield, comer lasanha, beber água fresca. A vida é boa demais para ser complicada. Mais do que viajar para algum lugar, vou viajar para dentro de mim e , como os bichos, as vezes abrir só um olho para conferir o ambiente. Se nada interessar, volto a sonhar. Sim, porque eu vou dormir muiiito.

Mas haverá sol na barriga, telhados na vizinhança, vigília em noite de lua, alguma poesia na estrada e experiencias que só acontecem nas férias. É nesta temporada de preguiça, que a gente ve pés de jambo nas ruas, praias onde só se chega depois de caminhar na mata para dar de cara com o...paraíso. Nas férias já senti gosto de cacau, cupuaçu, pitanga, pirarucu, pequi, açaí, camarão no bafo, bomba de chocolate e crepe Suzette. Nas férias, vi telas de Gauguin, filmes de Fellini, ouvi jazz em praça pública e cigarras cantando em coro. Já pechinchei em mercados, comi mariscos tirados das pedras, caldeiradas de frutos do mar, comprei leques, incenso marroquino, dancei rock, pesquei em alto mar, tomei porre de tequila e compus um mambo. O que mais gosto nas férias é sair de mim. Um clima diferente, o cheiro de outra cidade, os pés descalços na areia, a aspereza das pedras, o perigo das pontes, a beleza do mar, o curso de um rio, a paz num fim de tarde onde o mundo começa ...ou termina. Viver é diferente quando a gente pode ter a cada dia uma paisagem, surpreendente, nova. Desejo ser nômade, feito um tuaregue, quero dormir como o Garfield, me adaptar fácil a um aeroporto ou a uma estação de trem. Quero, definitivamente, contrariar essa minha natureza !!!!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

PONTO FINAL

Como se dizia mui antigamente, deu na imprensa: as mulheres estão pedindo mais a separação do que os homens. Coisa séria.
Aproveito e reabilito uma velha tese. Velha, porém minha. Sim, homem é frouxo, só usa vírgula, no máximo um ponto e vírgula; jamais um ponto final.
Sim, o amor acaba, como sentenciou a uma crônica: "Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois do teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos lugares de ouro onde começou a pulsar..." Acaba, mas só as mulheres têm a coragem de pingar o ponto da caneta-tinteiro da convivência. E pronto. Às vezes com três exclamações, como nas manchetes sangrentas de antigamente.
Sem reticências...
Mesmo, em algumas ocasiões, contra a vontade. Sábias, sabem que não faz sentido prorrogação, os pênaltis, deixar o destino decidir na morte súbita. O homem até cria motivos a mais para que a mulher diga basta, chega, é o fim!!!
O macho pode até fugir para comprar cigarro na esquina e nunca mais voltar. E sair por ai dando baforadas aflitas no filtro branco do abandono, no cigarro barato da covardia e do desamor. Mulher se acaba, mas diz na lata, sem metáforas.
Melhor mesmo para os dois lados, é que haja o maior barraco. Um quebra-quebra miserável, celular contra a parede, controle remoto no teto, óculos na maré, acusações mútuas, o diabo-a-quatro. O amor, se é amor, não se acaba de forma civilizada. Nem no Crato...nem em Estocolmo.
Se ama de verdade, nem o mais frio dos esquimós consegue escrever o "the end" sem uma quebradeira monstruosa. Fim de amor sem baixarias é o atestado, com reconhecimento de firma e carimbo do cartório, de que o amor ali não mais estava. O mais frio, o mais "cool" dos ingleses estrebucha e fura o disco dos Smiths, I Am Human, sim, demasiadamente humano esse barraco sem fim.
O que não pode é sair por aí assobiando, camisa aberta, relax, chutando as tampinhas da indiferença para dentro dos bueiros das calçadas e do tempo. O fim do amor exige uma viuvez, um luto, não pode simplesmente pular o muro do reino da Carençolândia para exilar-se, com mala e cuia, com a primeira criatura ou com o primeiro traste que aparece pela frente.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O QUE MUDA ...

Absolutamente tudo está começando a mudar em minha vida. Se eu entrar em harmonia com essa mudança, poderei me transformar em uma pessoa cada vez mais especial, poderei constatar que eu posso fazer diferença no mundo. É gradativa e suave a mudança, tem momentos mais intensos e outros que parecem que nada está acontecendo. A mim só resta aceitar e compreender que, como uma lagarta saindo do casulo, eu estou me transformando em borboleta. Não é o fim do mundo, é o fim “daquele” mundo.

sábado, 25 de julho de 2009

11 EXPRESSÕES USADAS PELAS MULHERES ... E SEUS SIGNIFICADOS

1 - "Certo": Esta é a palavra que as mulheres usam para
encerrar uma discussão quando elas estão certas e você
precisa se calar.

2 - "5 minutos": Se ela está¡ se arrumando significa meia hora.
"5 minutos" são cinco minutos se esse for o prazo que ela
te deu para ver o futebol antes de ajudar nas tarefas
domésticas.

3 - "Nada": Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa
que ALGO está¡ acontecendo e que você deve ficar atento.
Discussões que começou em "Nada" normalmente terminam em
" Certo".

4 - "Você que sabe": É um desafio, não uma permissão. Ela
está¡ te desafiando, e nessa hora você tem que saber o que ela
quer...e não diga que também não sabe!

5 - Suspiro ALTO: Não é realmente uma palavra, é uma
declaração não-verbal que freqüentemente confunde os homens.
Um suspiro alto significa que ela pensa que você é um idiota e
que ela está¡ imaginando porque ela está¡ perdendo tempo parada
ali discutindo com você sobre "Nada".

6 - "Tudo bem": Uma das mais perigosas expressões ditas por uma
mulher. "Tudo bem" significa que ela quer pensar muito bem antes
de decidir como e quando você vai pagar por sua mancada.

7 - "Obrigada": Uma mulher está¡ agradecendo, não questione,
nem desmaie. Apenas diga "por nada". (Uma colocação pessoal:
É verdade, a menos que ela diga "MUITO obrigada" - isso é PURO
SARCASMO e ela não está¡ agradecendo por coisa nenhuma. Nesse
caso, NÃO diga "por nada". Isso apenas provocará¡ o "Esquece").

8 - "Esquece": É uma mulher dizendo "FODA-SE !!"

9 - "Deixa pra lá¡, EU resolvo": Outra expressão perigosa,
significando que uma mulher disse várias vezes para um homem
fazer algo, mas agora está¡ fazendo ela mesma. Isso resultará¡
no homem perguntando "o que aconteceu?". Para a resposta da
mulher, consulte o item 3.

10 - "Precisamos conversar !": Fodeu !!, Você está¡ a 30
segundos de levar um pé na bunda.

11 - "Sabe, eu estive pensando..." : Esta expressão até parece
inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do
Apocalipse.. .

segunda-feira, 8 de junho de 2009

SONHOS DE MARGARINA

Eu já tive. Já me vi com uma bela família, em torno da mesa de café da manhã, tal qual mostra o comercial. Mas na vida real os sorrisos harmônicos não são eternos. Aprendi então a comemorar os instantes felizes. Aqueles salvadores, cuja natureza efêmera não permite grandes vôos, muito embora nos deixem quase sempre no céu.

Devo estar pensando nisso, nos tais sonhos, pela chegada do Dia dos Namorados... ok, eu sei: tudo criação do comércio, efeito do marketing, coisa de capitalista. Certo, certo. Mas tenho alma romântica, gente... como explicar pra mim que vou passar mais um 12 de junho sozinha?

Eu que adoro os jantares a dois, luz de velas e clima de cumplicidade no ar. A roupa de cama limpa e cheirosa, a música de fundo, a promessa de entendimento e de entrega generosa, silenciosa, quase devotada. E daí volto aos sonhos de margarina, ao labrador que ainda não tenho, aos passeios nos finais de semana (existe coisa melhor que ir à livraria acompanhada? Ao cinema?), a uma vida que por mais idealizada que seja pode sim, ser minha... por que não?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

ESCURO

Quando somos crianças, a noite da medo porque há monstros sob a cama.
Quando somos adultos, os monstros são diferentes. Insegurança, solidão, arrependimentos...e mesmo mais velhos e sábios ainda temos medo do escuro!

domingo, 3 de maio de 2009

Rindo a toa !



O fato é que, só escrevo bem se eu estiver infeliz.
Então dá para ficar alegre por mim pelo fato de eu não escrever nada que preste ultimamente.
Certo?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

OS SONHOS

Os anos atropelaram o mundo e o motorista não parou nem para socorrer as vítimas. Então ficaram todos esperando pela ambulância chamada futuro, sem saber que o futuro nunca vai ao encontro de ninguém. O resultado é que ficaram esperando no meio-fio. As crianças criativas foram substituídas por adultos cumpridores das normas, os joguinhos de panelinhas de plástico foram substituídos por panelas de inox, as bonecas foram substituídas por secadores de cabelo e chapinhas. E, até aquela menina moreninha que gostava de comer amoras no pé também ficou por lá, junto de todos os sonhos que ela fazia para a mulher que ela seria quando crescesse.

domingo, 12 de abril de 2009

Prosopopéia flácida para acalentar bovino

A mentira é a condição primária da poesia e do amor.
Quem não pode entender isso, não está apto a escrever ou amar.
Entretanto, eu posso estar mentindo

sexta-feira, 10 de abril de 2009

INSANIDADE

Quase balzaca, eu descubro que já estou ficando esclerosada. Sim, não tenho outra explicação para ter 4 calcinhas iguais. Não mesmo.

domingo, 5 de abril de 2009

VIDA REAL

Não namoro oficialmente desde meados de 2005. Antes disso, tive uma história que mesclou clichês-românticos, momentos de rara poesia e certa dor (quase escrevi a palavra mágoa, ato-falho).

Desde então vivo histórias mais ou menos fugazes. Pessoas que passaram a ser importantes (outras nem tanto), corpos quase-anônimos, beijos roubados, rubor de faces ... no meio de tudo isso, há três meses, pintou uma "relação aberta" (na medida do impossível), com alguém que conheço.

Tudo isso nem chega perto de resumir minha confusa-vida-sentimental. Tenho arroubos de saudade, misturo cenas e personagens, sou pura simulação. E ainda tem a vida real: prática, cotidiana, que exige lucidez, serenidade, MATURIDADE.

E assim caminha nossa frágil humanidade. Sim, por que a vida nada mais é que essa sucessão de perguntas sem resposta, de emoções desencontradas, de momentos felizes e outros nem tanto. Tudo com seu devido princípio e fim. E como eu sempre digo: os finais são sempre desiguais.

quarta-feira, 25 de março de 2009

NAS ESQUINAS

Muito tempo depois, eles se encontraram quase sem querer naquela esquina.
Ela fingiu que não viu, ele atravessou em passos rápidos e a segurou pelo braço.
Quando se virou ela fingiu espanto, ele abriu um sorriso largo.
Lá estava ele com seus cabelos desgrenhados, olhos vibrantes e rosto rosado, leve. Ela apesar dos mesmos traços trazia no semblante uma certa contradição arredia, tensa.
Trocaram poucas palavras. Ele tropeçou na simpatia, ela não o deixou ir além, olhou para o chão, para o alto e a multidão.
Despediram-se desajeitados. Ele seguiu e ligou para um amigo combinando um chopinho à noite.
Ela ao chegar no quarto pegou a foto esquecida na gaveta e jogou contra a parede. Pensou durante três dias e duas noites.
Depois daquele encontro, ela passou a se maquiar todos os dias pela manhã. Ele mudou o caminho.