segunda-feira, 8 de junho de 2009

SONHOS DE MARGARINA

Eu já tive. Já me vi com uma bela família, em torno da mesa de café da manhã, tal qual mostra o comercial. Mas na vida real os sorrisos harmônicos não são eternos. Aprendi então a comemorar os instantes felizes. Aqueles salvadores, cuja natureza efêmera não permite grandes vôos, muito embora nos deixem quase sempre no céu.

Devo estar pensando nisso, nos tais sonhos, pela chegada do Dia dos Namorados... ok, eu sei: tudo criação do comércio, efeito do marketing, coisa de capitalista. Certo, certo. Mas tenho alma romântica, gente... como explicar pra mim que vou passar mais um 12 de junho sozinha?

Eu que adoro os jantares a dois, luz de velas e clima de cumplicidade no ar. A roupa de cama limpa e cheirosa, a música de fundo, a promessa de entendimento e de entrega generosa, silenciosa, quase devotada. E daí volto aos sonhos de margarina, ao labrador que ainda não tenho, aos passeios nos finais de semana (existe coisa melhor que ir à livraria acompanhada? Ao cinema?), a uma vida que por mais idealizada que seja pode sim, ser minha... por que não?

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