quinta-feira, 10 de maio de 2007

ENTRE OS 20 E OS QUASE 50

Pegue a mesma mulher aos 20 e agora quase aos 50.
No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro.
Ela perde o frescor juvenil, é verdade. Mas também o ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesma, de um homem. Não sustenta mais aquele ar ingênuo, uma característica sexy da mulher de 20.
Só que é compensado pôr outros atributos encantadores de que se reveste a mulher madura.
Como se conhece melhor, ela é muito mais autêntica, centrada, certeira no trato consigo mesma e com seu homem.
- Quase aos 50, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e com seu cheiro cíclico. Não briga mais com nada disso.
Na verdade, ela quer brigar o menos possível. Está interessada em absorver do mundo o que lhe parecer justo e útil, ignorando o que for feio e baixo-astral. Quer é ser feliz.
Se o seu homem não gostar do jeito que ela é, que vá procurar outra.
Ela só quer quem a mereça .
- Quase aos 50, a mulher sabe se vestir.
Domina a arte de valorizar os pontos fortes e disfarçar o que não interessa mostrar.
Sabe escolher sapatos, tecidos e decotes, maquiagem e corte de cabelo. Gasta mais porque tem mais dinheiro. Mas, sobretudo, gasta melhor.
Tem gestos mais delicados e elegantes.
- Quase aos 50, ela carrega um olhar muito mais matador - quando interessa matar.
E finge indiferença com mais competência - quando interessa repelir. Ela não é mais bobinha. Não que fique menos inconstante. Mulher que é mulher, se pudesse, não vestiria duas vezes a mesma roupa nem acordaria dois dias seguidos com o mesmo humor. Mas, quase aos 50, ela já sabe lidar melhor com este aspecto peculiar da condição feminina. E poupa (exceto quando não quer) o seu homem desses altos e baixos hormonais que quase aos 50 a atingiam - e quem mais estiver pôr perto - irremediavelmente. Aos 20, a mulher tem espinhas. Quase aos 50, tem pintas, encantadoras trilhas de pintas que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortidos escolhidos. Sim, aos 20 a mulher é escolhida. Mas quase aos 50, é ela quem escolhe.
E não veste mais calcinhas que não lhe favorecem. Só usa lingeries com altíssimo poder de fogo. Também aprende a se perfumar na dose certa, com a fragrância exata.
A mulher quase aos 50, mais do que aos 20, cheira bem, dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome.
Quase aos 50, ela é mais natural, sábia e serena. Menos ansiosa, menos estabanada.
Ainda desenvolve um toque ao mesmo tempo firme e suave. Ocorre algo parecido com os pés, que atingem uma exatidão estética insuperável.
Acontece também alguma coisa com os cílios, o desenho das sobrancelhas.
O jeito de olhar fica mais glamuroso, mais sexual. Quase aos 50, quando ousa no que quer que seja, a mulher costuma acertar em cheio. No jogo com os homens, já aprendeu a atuar no contra-ataque.
Quando dá o bote, é para liquidar a fatura.
Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra sua força na hora certa e de modo sutil. Não para exibir poder, mas para resolver tudo a seu favor antes de chegar o ponto de precisar exibi-lo.
Consegue o que pretende sem confrontos inúteis.
Sabiamente, goza dos poderes da condição feminina sem engolir sapos.
Se você, Menina Magrinha, anda preocupada porque não tem mais 20 anos - ou porque ainda tem, mas percebeu que eles não vão durar para sempre fique tranqüila.
É precisamente quase aos 50 que o jogo começa a ficar bom!

2 comentários:

Tatiana disse...

Um alento para nós, né, amiga??

Anônimo disse...

hahaha!
adorei o blog todo sem excessão de texto algum, rsrs
e olha, eu menina magrinha de 20 e poucos aninhos, putz! eu é que o diga viu, esse texto foi realmente um alento, uma esperança!!
Tenho orado e me esforçado muito pra me afinar no jogo, mas, pelo jeito é só ao longo do tempo mesmo.rsrsrs