Tenho feito questionamentos sobre minha existência. Sobre o que quero , o que farei daqui a cinco anos, com quem quero estar, se apaixonada, sozinha. Simplesmente não consigo achar as respostas. A cada vez que penso nisso, me vem à mente que daqui a cinco anos ainda estarei pagamento impostos, lutando contra a balança, com o cabelo rebelde e com o ser rabugento que habita em mim.
No alto dos meus muitos anos, a única certeza que tenho, é que minha idade cronológica não condiz com a minha idade mental. Podem me chamar de ridícula. Sei que gosto daquela magia, da ousadia encantada da juventude. Que coisa mais bonitinha esses meninos, tão Kamikazes. Sei que hoje, não suporto a falta de intensidade, da vida morna (morno só banho). Sei que, não sei esperar. Queria ser a dona do tempo. Não quero desacelerar.
Aprendi que é melhor não perguntar. Quem pergunta o que quer ouve o que não quer. Melhor o mistério do que ouvir que você deixou de se interessar por mim, que viu defeitos, que se apaixonou por outra, que queria apenas uma distração e agora não quer mais. Minha auto-estima não tem a infra-estrutura para tais verdades.
Não me livrei de tornar-me adulta (meio na marra confesso), de declarar imposto, pagar contas, de criar filhos e cuidar dos pais. Tenho refletido sobre a velhice e confesso que me causa certo nervoso. Tenho gostado dos dias atuais. Do passado, não há mais nada a ser contabilizado e do futuro .... Ah! Quer saber, hoje, estou ,mais uma vez, com preguiça de pensar no futuro.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
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