terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Saudades é assim ...

"Saudades! Sim... talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte. Que bom pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes, Amor, já te esqueci, para mais doidamente me lembrar, mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar mais saudade andasse presa a mim!"
Florbela Espanca.

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